James Cameron aposta em inteligência artificial para reduzir custos no cinema sem demitir profissionais

O diretor James Cameron, conhecido por sucessos como Titanic e Avatar, está de olho no futuro da indústria cinematográfica — e a inteligência artificial (IA) faz parte desse plano. Em entrevista ao podcast Boz to the Future, Cameron afirmou que os filmes de grande orçamento, os chamados blockbusters, só vão continuar existindo se os custos de produção forem reduzidos, principalmente na área de efeitos visuais (VFX).

Para isso, o cineasta quer usar a IA como aliada, mas sem abrir mão das equipes humanas. “A ideia não é substituir ninguém, mas encontrar formas de trabalhar com mais eficiência e manter a criatividade”, explicou.

Cameron se juntou recentemente ao conselho da empresa Stability AI, responsável por uma das ferramentas de IA mais populares do mundo: o Stable Diffusion, usado para gerar imagens a partir de texto. Segundo ele, a decisão não foi por interesse financeiro, mas sim para aprender diretamente com os desenvolvedores e entender como a IA pode ser integrada ao processo de criação de efeitos visuais, que hoje consome boa parte do orçamento de filmes como Avatar.

O diretor destacou que, antigamente, ele mesmo fundaria uma empresa para resolver esse tipo de problema, mas agora prefere se envolver com companhias que já estão inovando na área. A intenção é explorar soluções que ajudem a baratear produções sem comprometer a qualidade nem os empregos.

Essa movimentação de Cameron reforça um debate cada vez mais presente em Hollywood: como aproveitar a tecnologia da IA de forma ética, sem prejudicar os trabalhadores do setor criativo?