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Crítica | Novocaína (2025)

  • Foto do escritor: Douglas Faccenda
    Douglas Faccenda
  • 28 de mar.
  • 2 min de leitura


Filme com Jack Quaid mistura romance, comédia e adrenalina em uma premissa inusitada


Em um mercado saturado de filmes de ação genéricos e heróis sobre-humanos, Novocaína tenta inovar ao apresentar um protagonista que literalmente não sente dor. Estrelado por Jack Quaid (The Boys) e Amber Midthunder (Prey), o longa dirigido por Dan Berk e Robert Olsen aposta na combinação de romance, adrenalina e uma condição médica rara para construir uma narrativa de resgate com pitadas de humor ácido e drama existencial.


A premissa é, no mínimo, curiosa: Nate (Quaid) sofre de uma condição neurológica que o torna incapaz de sentir dor física. Essa ausência de um dos mais primitivos mecanismos de sobrevivência o transforma em uma espécie de "invencível por acaso". Quando sua paixão secreta, Sherry (Midthunder), é sequestrada por um grupo criminoso, Nate usa sua peculiaridade para embarcar em uma jornada de resgate que rapidamente foge do controle.


Jack Quaid segura bem o papel com seu carisma habitual, equilibrando vulnerabilidade emocional com momentos cômicos. Sua performance convence nos momentos em que Nate questiona seu próprio limite e humanidade, mas o roteiro raramente lhe dá espaço para expandir esses conflitos. Já Amber Midthunder faz o que pode com uma personagem que, infelizmente, funciona mais como gatilho narrativo do que como figura ativa na história. Sherry é charmosa, inteligente e espirituosa, mas pouco desenvolvida além de seu papel de “donzela em perigo”.


Dan Berk e Robert Olsen já haviam chamado atenção por seu trabalho em filmes como Villains (2019), uma comédia sombria com toques de suspense, e Significant Other (2022), um sci-fi psicológico que mistura tensão e intimidade em meio à natureza. A dupla é conhecida por explorar histórias com personagens excêntricos, reviravoltas inesperadas e um senso de humor peculiar — traços que também aparecem em Novocaína, embora de forma mais contida.


Aqui, os diretores entregam uma direção funcional, com boa cadência e ritmo, mas que poderia arriscar mais visualmente. As cenas de ação são bem conduzidas, com cortes rápidos e boa movimentação, porém seguem uma estética já bastante explorada em produções recentes.


Para quem busca uma sessão leve, com boas cenas de ação e uma pegada diferente, o filme cumpre seu papel. Mas quem espera algo mais profundo ou inovador pode sair com a sensação de que Novocaína anestesia mais do que emociona.


Nota do SOUCINE.COM – 5,5

Título original: Novocaine

Ano: 2025

Direção: Dan Berk, Robert Olsen

Roteiro: Lars Jacobson

Elenco: Jack Quaid, Amber Midthunder, Ray Nicholson, Jacob Batalon, Betty Gabriel, Matt Walsh, Conrad Kemp, Evan Hengst, Craig Jackson, Lou Beatty Jr.

Duração: 110 minutos

Gênero: Comédia, Ação, Suspense

País de origem: Estados UnidosEstúdios: Infrared Pictures, Safehouse Pictures, Circle of Confusion

Distribuição: Paramount Pictures

Data de estreia: 14 de março de 2025 (EUA), 27 de março de 2025 (Brasil)

Classificação indicativa: 16 anos​

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